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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Proteção à flor da pele


A gente pode achar ruim, dizer que o treco é grudento
, que deixa a pele com uma sensação viscosa, o que for. Mas o fato é que, principalmente nos meses de calor, o protetor solar se torna um acessório importantíssimo não apenas para a beleza, mas também para a saúde.
Em tempos de conhecimento e conscientização, ficar sob o sol sem nenhum tipo de proteção é de uma fanfarronice imensa. Mas não basta passar o produto e se sentir a rainha da praia, pois seu uso requer atenção e cuidados para que seus efeitos sejam sentidos e potencializados.

O quê? O protetor solar não serve só para evitar aquela cor saudável de camarão. Além de permitir que possamos curtir o dolce far niente sob o sol da nossa estação favorita, ele previne aquela ardência gos-to-sa no final do dia e ajuda também a prevenir o envelhecimento precoce da pele.
Como? O sol é necessário. Afinal, nosso organismo precisa dele para sintetizar a vitamina D, que promove a absorção do cálcio pelo organismo, além de atuar também no sistema imune, no coração, no cérebro e na secreção de insulina pelo pâncreas.
Mas como tudo na vida, a exposição ao sol exige cuidados e atenção. Afinal, o sol também estimula a produção de enzimas destruidoras do colágeno (que aceleram o processo de envelhecimento) e pode levar à mutação do DNA, provocando câncer de pele.


Aí entra o nosso herói protetor solar, que deve ser aplicado pelo menos 30 minutos antes de tomar sol. Como já diziam nossas mães, sol só presta antes das 10 e depois das 4. Pura verdade: é nesse intervalo que os efeitos dos raios UVB, responsáveis pelas queimaduras solares, ficam mais intensos.
Ah vá, não tá tão quente assim ou o sol está escondido entre as nuvens? Não importa, tem de usar o protetor mesmo assim. O mormaço também pode provocar queimaduras e as brisas marinhas, por darem aquela sensação gostosinha de fresquinho, podem fazer a gente esquecer que o sol ta lá, grande, forte e prejudicial!
Mesmo assim, vai tostar ao sol? Tostar é proibido, mas mudar de posição com freqüência é recomendável.
Qual eu escolho?
Antes de mais nada, verifique se o produto oferece proteção contra raios UVA e UVB. Os raios UVA são responsáveis pelo efeito de envelhecimento precoce da pele e sua incidência é forte o dia todo. Já os raios UVB são responsáveis por queimaduras de sol, causam aquela vermelhidão típica das queimaduras e são mais fortes entre 10h e 15h. A superexposição a ambos os raios podem provocar câncer de pele, por isso é importante que seu protetor solar proporcione proteção contra esses dois tipos de raios ultravioleta.
Além disso, é importante verificar qual é o Fator de Proteção Solar (FPS) mais adequado para o seu tipo de pele. O FPS é estabelecido com base na proteção proporcionada pela aplicação de 2 miligramas do produto por centímetro quadrado do corpo – ou seja, economizar demais na quantidade de produto deixa a desejar em termos de proteção.
Quando maior o número do FPS, melhor a proteção contra os raios UVB, ou seja, ele “aumenta” o tempo de exposição ao sol sem sofrer queimaduras. Embora haja produtos com FPS que vão de 2 até 90, a Academia Americana de Dermatologia (American Academy of Dermatology) recomenda o uso de produtos com FPS igual ou superior a 15. E quanto maior o FPS, maior a proteção, certo? Não necessariamente. Um FPS 50 oferece de 1 a 2% de proteção a mais que um FPS 30.
Áreas mais sensíveis como rosto, lábios e cabeça (alerta para quem tem namorado que raspa a cabeça!) necessitam de mais cuidado, então é interessante utilizar um protetor solar com FPS mais elevado do que o resto do corpo. No mercado há produtos específicos para o rosto e os lábios, vale a pena investir!
Fator de proteção do filtro solar
Bloqueio de raios ultravioletas
10
90,0%
20
95,0%
30
96,7%
60
98,3%
Para o dia-a-dia na cidade, o fator "à prova d'água" pode ser dispensado, mas na praia ou na piscina, é indispensável que o protetor solar seja à prova d’água (proteção na água por até 80 minutos) ou resistente à água (até 40 minutos de proteção na água). E caiu na água, já sabe: reaplica-tion-tion!
Leve em conta também seu tipo de pele.
Se sua pele for seca, utilize produtos com textura cremosa, que além de proteger, hidratam a pele. As peles secas requerem loções de textura mais leve e não comedogênicos, para evitar a obstrução dos poros. Já as peles sensíveis se favorecem com protetores solares específicos, hipoalergênicos (testados contra alergia), sem corantes ou fragrância e livre de PABA (ácido 4-aminobenzóico).
A eficiência do seu protetor solar é diretamente proporcional à sua utilização correta: siga sempre o modo de utilização indicado pelo fabricante e observe com atenção o tempo de reaplicação. Lembre-se: transpiração, banhos de mar ou de piscina e contato da pele com outras superfícies podem remover o produto.
Proteção Extra
De nossa parte, também podemos contribuir com alguns cuidados:
- Opte por guarda-sóis de algodão, de cor clara: cores escuras absorvem radiação e calor, e tecidos como o nylon até produzem sombra, mas não protegem da radiação solar.
- Use chapéu para proteger o couro cabeludo, óculos escuros para proteger os olhos e opte sempre por roupas claras de tecidos leves para não absorver ainda mais radiação solar.
- Vai tomar sol? Evite perfumes e outros produtos como receitas para descoloração dos pêlos, pois podem promover queimaduras e alergias, além de não proteger contra os efeitos das radiações solares. Quer usar maquiagem? Alguns produtos, como batons e bases específicas, são dotados de FPS e possuem em sua composição agentes refletores de radiação solar.

Fontes: Inmetro, Zero Hora, Globo, Center for Food Safety and Applied Nutrition Office of Cosmetics and Colors da FDA – Food and Drugs Administration (USA)

Um comentário:

  1. tenho q parar de ser preguiçosa com relação ao protetor solar. Dicas mega importantes Dri!

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